domingo, 4 de julho de 2010

A Maior Diversão - Toy Story 3

Eu implico bastante com esse lance de 3-D. Precisa? O troço existiu nos anos 50 e foi abandonado. Deve ser ranzinzice da idade. Aguardo para breve a volta do filme mudo. Mas a Clara gosta, fazer o quê... Afora esse pequeno incômodo, Toy Story 3 entrou no rol dos recomendados (aqui e nos classificados amorosos de filmes carentes). Tenho uma teoria de que livros e filmes (e novelas, e seriados) dividem-se entre os que têm bons personagens e boas histórias. De vez em quando um García Márquez desses aí junta as duas coisas, e claro que um filme com boa história e personagens muito ruins ou vice-versa não sobrevive. Mas há uma margem em que bons personagens sustentam uma história não tão original. A maioria dos desenhos Disney, Jane Austen, (ressalva: era talvez original na época, mas tanta gente copiou que virou clássico, por definição não original) JK Rowling e Frank Capra me parecem estar muitas vezes nesse caso.
E Toy Story. Woody, Buzz e os outros brinquedos são geniais. Minha sobrinha Raquel e minha afilhadinha Olivia ("Que que você quer, Olivia?" "Colo do Dindo"... Resistam, se puderem...) concordam. E o terceiro episódio, mesmo com um vilão sinistro, no sentido da minha geração e não no da delas, mantém e aprimora o nível da saga. Parêntese: tenho achado os vilões e as maldades dos filmes pra criança em geral dramáticos demais. Acabo preferindo só as comédias. A Clara se debulha em lágrimas porque explodiram a casa do velhinho, largaram os brinquedos da menina perdidos no parque, o bichinho morre e vira estrela etc. Mas deve ser etc.
Bom, o TS 3 mostra Andy, o menino dos brinquedos (pra usar o padrão das legendas do Animal Planet: Clara, Bela´s human) vai pra faculdade e tem que arrumar o antigo baú. Uma confusão entre destinações (lixo - sótão - creche comunitária) gera a trama, que tem momentos tensos, várias citações a filmes de aventura/ação como a quadrilogia Indiana Jones e Missão Impossível, um desempenho arrasador e hilariante de Buzz Lightyear e Ken (o da Barbie), muitas piadas (e alguma reflexão do tipo o tempo passa os filhos crescem - se bem que é só olhar pra eles, né?) para pais e aquele padrão Disney. Ah, e final feliz e emocionante, quando as lágrimas de Clara e das demais crianças na sala escura não foram seguramente as únicas. Use as promoções do seu cartão de crédito e vá num cinema perto de você. Ainda pegamos uma sonora vaia quando o cinejornal mostrou as notícias do desembarque da Seleção após o laranjazo, mas felizmente já era após o salsichãozaço nos argentinos, o que sempre alivia o peso da eliminação nesse coração calejado e cascudo de dez Copas. Além da companhia no dia da eliminação ("Tchau, Olivia" "Tchau, quirido..." Resistam, etc.) Fiz até um texto sobre a Copa para alguns amigos, quem sabe vira post...
E, pra quem já viu o filme, juro que ninguém tinha me contado a sequencia de abertura quando filmei Clara, momentos antes de saírmos pro cinema:

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