sexta-feira, 21 de maio de 2010

A menina dança

Melhores amigas ontem, hoje e sempre, no sarau da escola.

Ao fundo, no mural, o homenageado, Noel Rosa

Foi em plena Aldeia Campista, justiça poética, sabe como é: Clara dança no sarau da escola que este anos girou em torno da comemoração do centenário de Noel Rosa. Ao conhecer o nome do famoso sambista e poeta há algum tempo atrás ela indagara: - Ué, o Papai Noel não anda sempre de vermelho? Por que rosa?
Mas o centenário tá aí, homenagens mis, inclusive um disco de Martinho da Vila. A preparação das meninas é da Tia Suzana. No fim do ano tem mais...


segunda-feira, 10 de maio de 2010

O Tempo e os Dentes




Os dentes brancos do mundo de Marcos e Paulo Sérgio Valle, com Zélia Duncan


Em janeiro de 2005, aquele antigo imperiódico, irregulário e alatário, O Correio de Clara, publicava em caracteres garrafais: Habemus Dente! Pois é. O tempo, esse sábio senhor, escoou-se nas esquinas e eis que hoje, no banho pré-escola: Habemus um dente de leite a menos! Aquele dentinho que nem se vê na primeira foto também não se vê na segunda, porque chegou a hora dos permanentes. Pra completar a odontoepopéia familiar, um dentinho da priminha Raquel (2), que teimava em não sair, despontou ontem após uma visita à casa nova de Clara no sábado. As forças do Tempo e dos Dentes estão em ação! Breve num cinema perto de você!


A trilha sonora do post é em homenagem à Tia Erica, que deu o CD. Canção da genial dupla Marcos e Paulo Sérgio Valle, em versão de Zélia Duncan (o original ainda tá ensacado na mudança). O curioso é que ouvindo agora pesquei a citação de Aquele Beijo (Tavito), que na verdade deve ser ao contrário, uma citação do Paulo Sérgio Valle, "se eu tiver que me perder etc." Não conferi as datas, mas de orelhada acredito que a canção dos Valle precede a do Tavito. Cartas para etc.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Move yourself

A mudança era no dia seguinte. Liguei de manhã na cozinha um rádio que normalmente serve mais pra fazer companhia à Bela, nossa boxer, quando fica sozinha, coisa que nunca faço, e depois do repórter aéreo anunciar trânsito lento na Linha Vermelha, Amarela, Pres. Vargas, enfim, a mesma coisa dos últimos dez anos, entrou a canção: "Eu hoje joguei tanta coisa fora, e vi o meu passado passar por mim." Bem apropriado, não? Mudar depois de dez anos mexe bastante com a gente. Deu tudo certo, os lápis de cor de Clara não sumiram no traslado, como chegou a aprecere em um momento de crise lá pelas sete da noite, quando a fome e o cansaço cobravam seu preço (e o sono...), já temos internet, como podem ver. E acho que sou mesmo adaptável. Meu antigo apartamento, doze horas depois de fechar a porta da frente levando a samambaia que nos acompanha já por três imóveis, quatro contando o interregno em Niterói, já me parece uma recordação de vidas passadas, um sonho bom que passou. Agora é o futuro que eu estava esperando (Leoni, 2000 e algo). Gostei de fazer um post de um só parágrafo, assim conciso, disse ele digitando o milésimo centésimo septuagésimo quarto caractere.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

eu, o outro

Cada um no seu quadrado, mas com a possibilidade (necessidade?) de juntar os quadrados, desmanchar o arranjo, rearranjar, fazer parcerias, colaborações, voar solo às vezes etc. Não combater as diferenças, se ainda não for possível tolerá-las. Tolerar as diferenças, se ainda não for possível aceitá-las. Cada um no seu momento.
Às vezes me impressionam a qualidade da literatura e música infantis brasileiras, não fôssemos o país de Monteiro Lobato. No caso da música, é até engraçado. Música infantil hoje é Arnaldo Antunes, Adriana Calcanhoto, como já foi Chico e Vinicius. E Palavra Cantada, claro.
Acho que esses adultos que andam por aí sobrevoando obssessivamente o proprio umbigo, ressalvando fatores sócio-econômicos, sofrem da síndrome da pouca exposição à literatura infantil. Parece que acham que precisam afirmar seus direitos. É lindo que haja direitos de milésima geração, mas há que se atentar para as responsabilidades correspondentes... E saber que pensar no outro não tem nada a ver com se sacrificar, abrir mão de sua identidade etc.
Todos esses pensamentos afloram devido à audição de Mil Pássaros, CD do Palavra Cantada que apresenta sete histórias de e narradas por - pausa para reverência profunda - Ruth Rocha. Para cada história, o Palavra canta uma canção. Na história bom Dia Todas as Cores, há um camaleão que tenta agradar ao gosto de todos os animais, mudando de cor ao sabor dos pedidos. Depois de um longo e cansativo dia de mutações cromáticas, resolve seguir sua cabeça, na filosofia de ser feliz para então transmitir felicidade aos que estão ao seu redor. Frase que fecha a história: "quem não agrada a si mesmo, não pode agradar ninguém". É por aí.
Ah, a canção:

Camaleão de Paulo e Zé Tatit, com o Palavra Cantada