As melhores coisas do mundo, filme brasileiro de Laís Bodanski, com trama baseada nos livros da coleção Cidadão Aprendiz , de Gilberto Dimenstein * e Heloísa Prieto, que já haviam gerado uma peça de tatro, Mano, nome do personagem principal desse filme adolescente que vale o meio ingresso na promoção Mastercard (aquele cuja propaganda diz que determinadas coisas não têm preço, o que não invalida o conceito...). Gostei bastante e já providenciei alguns livros da coleção no Trocando Livros e na Estante Virtual. Depois que ler, eu conto.
Contar a história do filme sem afrontar os princípios do M.A.T.E. (Movimento anti-Trailer Explícito - ver um post desses aí embaixo, chega de links!) não rola, mas para guia da aeronave da minha comadre Leticia, não tem violência infantil, mas tem uma situação-dramática-pra-dar-ritmo-ao-final-e-criar-um-certo-frisson-nos-adolescentes-no-cinema-que-não-têm-quarenta-anos-de-sala-escura, que à minha comadre Érica pareceu um pouco over. Tem também um indivíduo cognominado Fiuk, que, graças à Wikipédia descubro ser filho de Fábio Júnior (e não de Glória Pires), vocalista de uma banda, ator (?) de Malhação e responsável por inúmeros suspiros na sessão das duas. Mas se você não é uma fã histérica de treze anos, pode apreciar o trabalho do protagonista Francisco Miguez e de Denise Fraga, entre outros.
O filme é realista sem querer esfregar umas verdades na cara de ninguém e lírico sem ser piegas. Meio assim como uma boa letra de Arnaldo Antunes, por sinal parceiro de BID na canção-tema (que só me lembro de ouvir tocar no trailer, mas, enfim...). Pareceu-me tanto uma boa abordagem do universo púbere para pais (e futuros pais) desses seres (humanos e) estranhos como uma história com a qual os protagonistas de suas próprias histórias adolescentes podem se identificar. Ah, eu fiquei sabendo do filme por um trailer ao assistir High School Musical Brasil - o Desafio (não basta ser pai etc.), mas acho que isso não vem ao caso.
A mim não incomodou o intenso sotaque paulistano. Para ser universal, é preciso falar de seu vilarejo. Mesmo que o vilarejo seja Sampa.
Popularidade, eleições pro grêmio, preconceitos, descoberta do sexo, inesperadas viradas familiares, amizade, amor, música. A canção do Arnaldo Antunes dá um panorama da lovestory (tinha que ter) entremeada no filme, que "demorou mas veio, como a hora do recreio" e termina dizendo que "agora o tempo pode passar". Passa, pra todos nós.
Não sei se ajudei alguém a querer ver o filme ou não. De qualquer forma, o site traz um Gerador de Melhores Coisas do Mundo bem legal. Tive que dar um F5, porque não conseguia decidir entre Jogar Video-Game (o que? onde?) ou Ter um Supercelular (?) (já foi mais fácil escolher entre Pizza e Viajar pelo Mundo - Pizza, claro!), mas afinal percorri bravamente todo o processo e no fim vejam o resultado de minhas escolhas:
* Entrei pra pegar o link e vi essa matéria sobre as profissões do futuro. O item organizadores de vidas eletrônicas guarda uma semelhança incrível com a vida de bibliotecário. Ou acham que é autobrasa-pra-sardinha? Cartas para o editor.
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