Quando pensei que título dar para a seção de indicações do Correio do Etc me veio logo na cabeça "Dá uma olhada", expressão corrente aqui em casa por causa de um quadro do seriado Sem Sentido, que rola dentro do seriado Sunny entre Estrelas. Grego? Fenício Antigo? Quêquié??? Bom, vê-se que vocês não têm filhos entre 5 e 12 anos. O mundo fabuloso dos seriados americanos pré-adolescentes, para o bem e para o mal, é para iniciados. Hannah Montana, Feiticeiros de Waverly Place, Zack e Cody, I-Carly, True Jackson e o referido Sunny Entre Estrelas estão no rol dos que garantem boas risadas e pouco dano às mentezinhas delicadas e moldáveis de nossos filhos. Mas tudo com supervisão. Se tiverem irmãos em casa, atenção com o possível aumento no índice de implicância. Respostas aos pais espertinhas demais, no mau sentido, também são um sintoma de superexposição. Mas a realidade é que a transição do Discovery Kids com suas canções do Backyardigans, mensagens positivas do Barney, incentivo à vida saudável de Lazy Town (Grego etc.? Vocês não tem filhos de 0 a 4 anos...) para o Disney Channel e a Nick é rápida, brusca e nem sempre indolor para os pais. Porém, faz parte do fascinante processo de crescimento. Faz parte também da segmentação de mídia que vivemos. Os pais vêem Lost (não eu, mas aí já é etc.), Ghost Whisperer, Friends (yes!), Monk (yees!), Seinfeld (YEEEEESSS!!) e os filhos embarcam nas versões para tweens. Antigamente todo mundo via a novela junto. Deve ser por isso que nossos planos para o próximo apartamento incluem três televisores (eu sou do tempo que TV chamava televisor) para três pessoas. A Bela, nossa boxer, ficou sem.
Eu me divirto com os tais seriados. Pronto, já vão cassar meu registro no POP e na Casa do Saber. O que fazer, a vida é assim e nunca é demais, o que mamãe falou não vale mais nada, não vale nadaaaa, como diriam os Fevers. Fevers? Pronto, agora mesmo é que o pessoal do Instituto Moreira Salles não me deixa mais entrar quando eu quiser assistir uma palestra erudita do Wisnik e Nestrovski sobre canção popular. Bom, gostei mais de Hannah Montana, o filme, que da última animação da Disney, a Princesa e o Sapo. E não acho que os programas de televisão tenham toda essa influência nociva, como satirizado por exemplo no filme Artistas e Modelos, de Jerry Lewis*. Não, não acho. Peraí que eu vou correndo ler uma história da Lya Luft pra ela e comprar a coleção completa do Monteiro Lobato. Mas, falando sério, quando vou ligar a tv pra minha filha, sempre arrisco um Rá-Tim-Bum ou Futura. Vai que cola...
Ah, a cena do Dá uma olhada é uma piada bem intraduzível, Check It Out Girls. Check-out pode ser caixa de mercado ou... dá uma olhada. Vejam o vídeo (em inglês):
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*(ÁÁÁÁÁ!! Vincent o Abutre!!! – lembram? Procurando por Jerry Lewis Artists Models no Youtube vêm várias cenas, cito** essa, que tem a ver com o assunto, embora minha preferida (difícil, difícil) seja essa, ou essa, que tem o desfecho imperdível aqui. Difícil, difícil.
**Nat, viu que peguei e apliquei a dica do embed, mas, no caso da nota acima, acho que com links ficou melhor na visualização ;)***
*** nota de rodapé da nota de rodapé da nota de rodapé do post. Começo a pensar se Notas de Rodapé não era mesmo um nome melhor pro blog...
Caro compadre,
ResponderExcluirSem mencionar, para as mães e pais de meninos, a dura realidade do Cartoon Network (que eu achava inofensivo antes de ter meus próprios filhos...). Meu atual drama é se libero ou não meu filho para ver Naruto... Como é mesmo aquele seu site com recomendações sobre faixa etária? E please, traduza o rodapé do "embed", também estou querendo aperfeiçoar o uso do blog!